A partir de agora, disponibilizaremos em nosso blog um
espaço para que, após cada jogo, um embaixador do Vozão exponha sua
opinião sobre a partida.
Para dar início a esta idéia, selecionamos o texto do Victor:
"Escrever uma análise sobre o próprio time não é das missões mais
fáceis. É preciso deixar um pouco de lado a paixão e ser mais racional,
ou pelo menos tentar, algo bem complicado para o coração apaixonado de
um torcedor. Mas vamos lá...
Começamos o ano da forma que pretendíamos:
campeão estadual, disputando a série "A", classificados antecipadamente
para as disputas da Copa do Nordeste, enfim... Mas as coisas não estão
as mil maravilhas como alguém que lê esse texto poderia supor.
Os
problemas, antes não tão evidentes, agora estão cada vez mais
cristalinos. O motivo de antes não estarem tão visíveis é o baixo nível
das competições que disputamos até aqui: cearense, nordestão; mas, se
observarmos que sucumbimos no primeiro confronto com um adversário de
nível, Atlético Paranaense, por ocasião da Copa do Brasil, já deveríamos
ter ligado o sinal de alerta, algo que parece não ter acontecido para a
diretoria.
Tudo continuou praticamente como estava: as contratações
apostas continuaram sem render, jogadores reservas com atuações
sofríveis no campeonato cearense - colocaram em risco, inclusive, o
título estadual, quando perdemos a segunda partida da semi final contra o
Uniclinic -, ausência de contratações, mesmo com jogadores importantes
no departamento médico e com a série "a" já a todo vapor. Por tudo isso,
a diretoria parece estar exageradamente confiante com o limitado elenco
que temos ou têm valiosíssimas cartas na manga que não é de conhecimento
do torcedor.
Não estou aqui pra ser o profeta do caos, mas me preocupo
bastante com as evidentes deficiências e a pouca, ou quase nenhuma,
atitude da diretoria. Lembrando que essa postura da diretoria não é algo
novo. Disputamos 6 anos consecutivos a série "b", mesmo tendo um dos
melhores orçamentos da competição. Parece ser uma tônica da diretoria:
arriscar o êxito com baixo investimento, mesmo tendo condição de fazer
um investimento mais arrojado a fim de aumentar as chances de acesso.
A
diferença dessa vez é que em vez de acesso brigamos por permanência. E,
embora eu ache nosso núcleo duro bastante competitivo - goleiro, zaga
e volantes -, é urgente a contratação de jogadores com capacidade de
assumir a titularidade em certas posições: meia, ataque e laterais, e
mais um volante de pegada, afinal de contas a competição é longa.
As
duas primeiras rodadas do brasileirão serviram de convencimento para
quem ainda não estava convencido de tudo que escrevi até agora: um time
inseguro, desorganizado, vulnerável e inofensivo contra o Santos, após a
saída do Ricardinho. E, contra o São Paulo, apesar de ter apresentado
uma postura completamente diferente - que eu atribuo ao bom esquema
tático montado pelo técnico -, permaneceu a insuficiência de nosso
elenco.
Como torcedor que sou, torço muito que a diretoria tenha a
atitude esperada, para um clube que disputa a série "a", ou coloque na
mesa as cartas da manga. Assim teremos um time competitivo como o de
2010, podendo alcançar resultados ainda melhores.
Saudações Alvinegras."