"Aquele
cara de gestos medidos, mas largos, voz pausada em cuidado tom; aquele cara com
a alma tranquila num corpo amplo; aquele cara com cara de papai ou vovô Noel,
bonachão, carregava suas ideias com vigor e cuidado, para não ferir; aquele
cara...
Aquele
cara parece que sabia quando aparecer e quando desaparecer. Havia sempre
motivos, escolhas ou formas de nos fazer sentir sua ausência... E nos
revitalizar com a sua retomada presença... Ah! Aquele cara!
Aquele
cara permanecerá em uma cadeira, presença e ausência, a proferir chistes e boas
gargalhadas e, na hora certa, soltará um grito, vários, plenos de afetos e
graça... Aquele cara, sempre assim!
Aquele
cara será sempre lembrado como exemplo de aglutinador, enzima que acelerava
amizades e cumpria, parece, sua missão em torno da benquerença...
Não, não
pensemos que não haveria defeitos naquele cara. Afinal, era um cara como
qualquer outro de nós. A diferença estava nas atitudes ou nas coisas tão
humanas. O que somos?
Sabemos,
apenas, que aquele cara não esperou pelo último transporte, pelo último olhar,
pelo último brindar. Mas deixou-nos aptos, cada um a esses movimentos.
Inesquecível cara!
Xaxá,
aquele cara é a sua cara! Evoé! Brindamos aqui por sua alegria!"
Ass: Jorge Pieiro
0 comentários:
Postar um comentário